- ow, xo falar um negócio sério assim?
- xo.
- é que tipo...hm. pera...
- fala.
- assim, não me leva a mal, tá?
- vc já é bastante mal pro meu gosto, não tem como piorar. desembucha, vai.
- ok, é que assim...todo mundo sabe que eu tô aqui e tal, de boa assim, fluindo e talz, mas nem por isso é pra vc se aproveitar e tal...
- e vc acha que eu vou me aproveitar?
- acho. aliás, tenho certeza. te conheço.
- me conheceu, quer dizer, né?
- por que? não conheço mais?
- não. as coisas mudaram. vc mudou, eu mudei, o tempo passou, não percebe?
- percebo, mas vc tem uma essência horrível há anos e isso não muda.
- como vc sabe?
- só de ouvir sua voz e pelo jeito que você me olha.
- se for me pegar como referência, sua essência é pior que a minha.
- e vc acha que eu mudei depois desse tempo?
- não sei, me diz vc.
- eu sou uma ótima mentirosa.
- ah...enfim. eu não vou me aproveitar de vc.
- já está se aproveitando e nem tá percebendo.
- como assim???
- pela conversa.
- vc é esperta, vc é que tá deixando eu me aproveitar.
- tô nada, meu.
- claro que tá!
- viu? confessou que tá se aproveitando de mim.
- vc me fez falar isso!
- e já fiz coisa pior com vc.
- isso é passado.
- não estou revolvendo coisa antiga, só tô querendo te mostrar que - nesse sentido - eu não mudei.
- e vc mudou em algum outro sentido?
- aham.
- quais?
- vem cá ver.
- ui!
- adoro.
- ok, depois a gente conversa, então.
- ok. depois.
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