12.12.12



aquela hora amarela escura
que dá a vontade preta amarelada
de se esconder num casulo vermelho bordô
e fingir que tudo é preto e branco.


30.11.12

carpe diem


o problema não é o dia
muito menos a noite
a questão é o passar dos dias
angustiante

"que o dia termine bem"
mas isso é uma jogatina
cada um, cada qual
para alcançar um fim feliz para si, para alguém

carpe diem
tenta, aproveita! se joga

maior desejo diário
não é sexta-breja, como poderia
nem as queridas 18h, falso final de trabalho
é só que acabe logo o dia
acabe
não restando nem um outro
a seguir
fim.



30.10.12

homenagem ao velho safado


bukowski, cachorros e sarjeta
vivemos
melhor agora
uma segunda a menos


29.8.12

Quase sem título.


Aquele problema quase que repetido. O costume das crises que resultam dos problemas quase repetidos, é isso. Esse é o título. Quase título, porque tudo é no quase. Uma repetição que é esporádica, às vezes até se repete com intervalo de meses, anos. São as repetições que o cotidiano faz com que pareçam seguidas, uma em cada dia, cada hora. É quase um espetáculo de exemplo prático da Teoria da Relatividade.

Quase repetido, mas não é. Quase um porre, mas não é. O quase, que nem chega ao limite - o que pra alguns não tem graça. Quase nada. Quase tudo. Perfeito: o costume das crises que resultam dos problemas quase repetidos são resultado de soluções quase objetivas. Parece que a única coisa íntegra nisso é a subjetividade.

Essas linhas anteriores em desenho, talvez seriam em formas abstratas. Coloridas - ou não. Não importa, em palavras, em desenho, dá na mesma. Só não daria se fosse falando, gritando, discutindo. Todos falam. Todos falam coisas concretas. Um pensamento-arte imaginaria um concreto saído da boca de um falante. Um outro pensamento, faria uma pergunta egocêntrica. Os outros tantos, apenas falam, sem pensamento. Isso é nojento.

Deficiência verbal é a dificuldade de expressão oral das formas abstratas de pensamentos-arte.

É quase tudo certamente errado e tenho quase certeza que isso só faz sentido absoluto na minha cabeça. Quase absoluto.

11.7.12

certezas:


1. quanto mais tempo a pessoa passa estudando na vida, menos ela se submete a qualquer situação e, conforme passa o tempo, mais sabe que nada sabe. uma consequência sem sentido sobre isso é que a pessoa tende a ficar mais melancólica fica com as pessoas que nada tem a ver com ela. eu me arriscaria até a dizer que essa seria uma das explicações para a expressão "carregar o peso do mundo nas costas".

2. ignorância é opcional e não está somente, mas também relacionada à inteligência do indivíduo. a ignorância é uma grandeza diretamente proporcional à autoestima, ou seja, quanto mais ignorante, maior a autoestima (nota: não confundir autoestima com otimismo).

13.6.12

Critique Mais Fundo Porque é Mais Gostoso ou A Teoria da Crítica


O problema de pessoas muitos críticas é que isso causa um tremendo desconforto alheio.

Os que se acham mais inteligentes por motivos x, y, z tendem a responder uma crítica com uma outra crítica. Pra mim, isso é o mesmo que responder uma pergunta com outra pergunta.

Alguns pseudo (pra não dizer "menos") inteligentes, respondem uma crítica com sarcasmo. Pra mim, isso é o mesmo que não responder a uma pergunta.

Aqueles que querem aparecer, seguem o fluxo da maioria, e costumam aceitar a crítica - por mais idiota que seja. Pra mim, é uma forma de procurar ter seus nomes em todos os lugares como recompensa. 

E os críticos pedantes e egoístas se aproveitam desses que querem aparecer simplesmente para colocar sua opinião em prática a partir de outras mãos.

Outros também sabem abrir e concluir uma discussão a partir de uma crítica. Isso não os fazem melhores que ninguém, mas os isolam de todos os anteriores.

E aos que vão ler e achar nada a ver ou vão ler e se remoer ou até mesmo nem ler e me retrucar, pensem antes de pensar: e se eu assinasse como Arnaldo Jabor?